"Hay hombres que luchan un dia y son buenos.
Hay otros que luchan un año y son mejores.
Hay quienes luchan muchos años y son muy buenos.
Pero hay los que luchan toda la vida: esos son los imprescindibles."

Bertold Brecht

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Estrada


Precisava ser eu mesmo, mas não como fora outrora.
Precisava eu ser mesmo, mas como não sou agora.

Aceitar os caminhos do mundo, e ter o que é meu por direito.
Respeitar os caminhos do mundo, e aceitar que tudo tem seu tempo.
Tempo o qual eu faço com minhas mãos, mas sem apressarmos tudo.
Tempo eu faço com qual mão? Apressando tudo, mas sem ter preço.

No fim, talvez eu tenha tudo.
Talvez, no tudo eu tenha um fim.
Porém, chegar não seja tudo.
E ter tudo, porém não é pra mim.
 
Era fácil ter vida, mas não ali.
Era ter vida fácil, não mais ali.
No fim do meio cheguei aqui.
Aqui cheguei no meio, mas ainda não cheguei no fim.

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Só sei que sou assim.

Ah, sim!! Eu perdi meu sorriso.

Nas curvas de uma bandeira vermelha, desencanei da pose de revoltado no facebook e parti pra vida. Parti pra luta!
Eu que outrora distribuía sorrisos, cantadas e apresentava um ser livre, leve e solto. Hoje tenho a alma carregada, pelo excesso de responsabilidades, pelo eterno preocupar com falas e opiniões - tanto as minhas quanto alheias.
Tive que abandonar a velha hipocrisia que brotava da boca pra fora, para então fazer brotar o exemplo. O excesso de argumentações, nem sempre válidas, mas reais. Na realidade cibernética que assumo, entendo os meus! E dou às favas aos que me vêm com outra opinião.
No fim estou certo, e disso eu estou mais que certo! Não devo explicação para ninguém, mas não dou vacilo. Me mantenho em pé e não perco o rebolado. Mas perdi a graça.
Eu que outrora despertava olhares entre moças com formigas nas calcinhas. Eu que até então não discutia em prol de uma noite que acabava em uma cama qualquer, agora já não durmo mais quando não vejo à cabeceira "O Capital" ou uma bandeira roxa com um timbre qualquer.

Foi-se o brilho do sorriso, e me veio o bruxismo - doença de ranger os dentes compulsivamente.
Foi-se o samba no pé, e me entupiu a cerveja que me faz discutir o mundo desmedidamente.
Foi-se então todo o charme que usava em desmedida, e me veio a face carrancuda e infeliz, que em tudo vê algo com o que se indignar.
Criticar virou mato, em todo lugar o faço. Em vez de entender e colaborar.

Não sei se é bom ou se é ruim, 
só sei... só sei que sou assim!