"Hay hombres que luchan un dia y son buenos.
Hay otros que luchan un año y son mejores.
Hay quienes luchan muchos años y son muy buenos.
Pero hay los que luchan toda la vida: esos son los imprescindibles."

Bertold Brecht

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Educação x dinheiro.

Sem sal, é assim que estou me sentindo...

Minha criatividade humilhada publicamente, meus ideais sendo destruídos um a um. Não quero mais o que tenho, estou farto de tudo isso.
Trabalho onde não gosto, mas faço o que quero né?? Somos livres... Essa liberdadde condicional que me trava numa escolha, que me deixa na espera do mundo ao meu redor... não suporto mais isso!!
Ser perturbado no meio do sono por telefonemas de urgência, ser atrapalhado no meu momento de lazer ou estudo por conta de capitalistas malditos. Tudo bem, vivo disso, vivo no capitalismo e uso dele, vivo nele, e até gosto de algumas coisas, mas o extremismo é que me fode. Tudo em nome do capital, tudo em nome da maldita grana... eu vivo com 800 reais por mês, porque você não pode também??
E o pior, sua vida é tranquila, você vive no luxo e não se fode como eu. Eu me fodo por você, por uma miséria... o problema nem é a miséria financeira, o problema é a miséria de espírito, a quebra do socego... o problema é que você não se contenta em pagar pouco, ainda quer que eu me mate por algo que eu não acredito!!
Resolvido, quero que você se foda também, nem que eu me foda junto!!

Pronto... desabafei!

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Quando o ódio invade o peito

Uma coisa me toma as faces
envergonha minha mente
estanca meu coração...

Apesar das aparências, estou bem, apenas entristecido com a merda desse mundo, essa merda que vivo todos os dias. Estou cansado dessa falsidade de ser professor... às vezes penso estar ajudando crianças e adolescente a se livrar daquela velha idéia de escola, aquela que diz que temos que passar de ano por passar, mas não está nas minhas mãos... sou apenas um professor particular.
Meu objetivo, segundo minha empresa, é fazer os alunos tirarerm notas boas, os alunos querem isso, os pais deles querem isso, a sociedade quer isso, mas eu NÃO!!! Não aguento essa idéia de que a aprovação faz dos alunos deuses... estou cansado dessa idéia de que não se precisa pensar, é apenas memorizar e momorizar, e memorizar... e absorver, absorver como uma esponja tudo o que é "transmitido" como numa estação de rádio.
Sem tempo para pensar me envolvo e entro de cabeça, com o objetivo de fazê-los entender, entender o que?? Merda, eles não entendem nada, eles não sabem nem porque estão ali, eles não sabem nem pra que serve estudar, apenas obedecem... são tão vítimas quanto eu, são tão pobres em espírito quanto eu... são tanta merda quanto eu!!
Alias, não são tão ruins quanto eu, porque eu sei o que deve ser feito, eles não, ainda não... eu tenho um poder, e sei que não o uso... mas não por minha culpa, é porque esse sistema me engole, é porque se não fizer o aluno render eu perco a cadeira. Me vejo bom, me entendo bom professor, mas dentro desses padões ridículos, esses padões impostos pelo imperialismo capitalista estabelecido hoje no nosso meio, em nossa mentes, em nossos rumos e em nossas raízes.
Nasci nesse mundo, mas não o queria assim. Sofro nesse mundo mas não queria que fosse assim. Me fodo nesse mundo como uma puta, diariamente (ela noturnamente) hora após hora, um de cada vez, engano e desvirtuo... não, não quero mais isso...
Mas ainda preciso da grana, maldito dinheiro que domina o mundo... por enquanto meu basta não será hoje, nem agora... mas será.... "amanhã será!?!"(TM)

(TM) O teatro mágico

Calado na calada noite...

Estou mudo, surdo e cego... meus olhos já não vêm.

A mente cansada de escrever, já sem inspiração ainda precisa render, o mundo pede, o mundo manda, o mundo exige.... minha voz calada, meus dedos fartos de falar, erro as teclas, troco tudo, e o "backspace" já começa a desbotar.
Meu sono rebatido com o café amargo não me deixa fechar os olhos. A luz da tela já me parece cinza, e a luz do quarto começa a escurecer... mais backspace, e backspace denovo....
O vento frio da madrugada entra pela janela que insiste em se manter aberta. Meu sorriso que antes brotava ao ler linhas reconfortantes nos chats ilimitados, agora já não aparece mais. Os dentes amarelados de café já não dão as caras... não refletem quando olho no espelho.
A amargura da obrigação e o medo de não terminar, mesmo sabendo que ainda me resta toda a madrugada pela frente, me lembro de que amanhã tenho de trabalhar... minha mente dói, meus dedos esfolam... mais backspace...

"Vento vem terminar [...] vou querer me matar"(MN)

É isso o que ouço na minha vitrolinha, "já não sonho, hoje faço"... um trabalho trabalhoso, que me tortura a psique!!

(MN) Milton Nascimento

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

(In?) dependência...

Preciso trabalhar, preciso estudar...

Um belo dia, às margens de um rio límpido e de águas calmas, um homem em seu cavalo branco, com pompas e glórias as suas costas gritou pela independência de seu povo. Hoje, pessoas vestidas em trapos, com suas caras pintadas (de lama e carvão) e suas bandeiras coloridas, gritam!! De dor...
Hoje, uma pseudo-independência assola nosso país. Gostaria de definir, o que significa independência? Não consegui construir isso até hoje... acredito que o conhecimento é construído, e que as informações se agregam a outras já estabelecidas anteriormente, de diversas formas... mas a mais significante que conheço é a experimentação, ver, viver, pegar... e nunca experimentei essa tal independência.
Nosso país há muito se tornou independente de Portugal, mas logo passou a depender de tantas outras nações, em especial àquela que domina o sistema capitalista. A globalização faz com que a carga de responsabilidade sobre esse país seja dividida com o resto do mundo, e que o resto do mundo dependa do nosso.
Hoje, o grito dessas pessoas é ouvido, mas não obedecido. Nosso país que, por hipocrisia ou por inocência hipocrisia mesmo, comemora uma data que nos remete a algo muito importante da nossa história mas não endcherga que para muitos isso não significa nada!! A independência não chegou à todas as pessoas, pessoas ainda dependem do governo para comer (bolsa família), para estudar, para ter saúde, para andar em paz nas ruas e ter boas condições de saneamento... ainda dependemos do estado, que é incapaz e ineficiente... não entenda mal o meu discurso, acredito que o estdo deveria cuidar sim de tudo isso, mas não da maneira como acontece hoje.

Não posso dizer que a verdadeira independência está longe, pois não sei do que se trata a verdadeira independência, mas sei que o que vivemos hoje é um regime de dependência extrema, e infelizmente não apenas de outros seres humanos, pobres, como nós... mas de seres que por vezes se confundem com os monstros dos filmes de terror!

Feliz "independence day"...

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Tempos modernos

Enquanto o meu corpo aqui de longe espera sentado nesse chão frio, seu corpo se deita na minha frente. Minha mente pavorosa imagina coisas, coisas alucinantes... a amargura e o sofrimento que pôde te levar a isso, imagino sua trágica história de vida.

O chão frio que me causa sensações estranhas, frio nas partes, me tomam estas e levam o frio até o fundo do peito. Meu trago de cigarro quente sai frio pela boca, e o gosto amargo do vento que entra poluído pelas minhas narinas que reclamam ao respirar.

Seu corpo ainda deitado junto as caixas, e seu ronco bêbado misturado com o som dos carros que passam na rua. Fico a imaginar que história seria essa que te levaria até ali, a se tornar o que se tornou, a peidir o que pedes para sobreviver - um trocado se não para o pão, para o gole de cachaça...
Esse som entra pelos meus ouvidos me causando náuseas, e a náusea se agrava quando meu pensamento se encontra com a miséria desse sono, ao relento, embaixo de lua ou sol e em cima do chão duro.

Esse sono dolorido que estampa nossa dura realidade...

Enfim meu ônibus chega, longe do vento frio da rua meu peito não esquenta, fica congelado como a imagem do nosso mundo moderno...



Foto: Gabriel de Paiva - O Globo

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Crianças revoltadas?

Microdossiê para post on facebook.

Via Thiago Pedro, grande amigo e professor, fiquei sabendo de coisas que não tinha conhecimento, que têm acontecido mais precisamente na cidade de São Paulo, mas que não se apresenta apenas por lá.

Primeiramente gostaria que vissem o vídeo abaixo, via Rede Globo:


Em seguida gostaria que pensassem, em coisas como "não há campinho, nem parquinhos, e onde encontramos um ele está destruído"; "volta no mesmo local do crime, mas é besta mesmo, né?"... 

Sinais do descaso com as pessoas (e crianças), sinais de que as familias dessas crianças não estão interessadas em bons costumes nem coisa nenhuma, incentivam o que elas fazem, só não podem ser pegas pela polícia... affe... de foder com a cabeça mesmo!!

Mas no final, isso tudo é causa ou reflexo?? E quem paga o pato?

Se tiverem algo a complementar por favor o façam... só achei essa notícia via globo (que raiva!!)

Reflexões sobre educação - Parte 1

Penso em educação hoje. Isso estudo, mas não referencio, acho original pensar em cima do que os outros falam, pois depois que falo isso já não é mais meu, é do mundo. Minha mente matemática aceita aquilo que é lógico, não é porque foi uma pessoa mais estudada que falou é que isso tem mais validade do que o que eu falo, eu falo utilizando a lógica, e claro, a minha lógica.

Minhas reflexões me levam a crer que a questão educacional no nosso país é muito complicada, os estudos que vejo hoje em dia são estudos localizados, apesar de não acreditar em generalizações (acho bizarro generalizar), acredito que mestres e doutores deveriam desfocalizar suas pesquisas de realidades isoladas e levar a um patamar maior - estudar a realidade educacional brasileira - encontrar soluções glolbais e não localizadas (como colégios específicos), que por vezes servem apenas para titulação.

É isso o que acontece hoje, a LDB/96* fala da expansão do ensino profissionalizante rápido, fala muito em cursos dinâmicos que abasteçam o mercado de trabalho... tudo bem que o foco do ensino técnico, superior, etc. é formar profissionais, mas esses profissionais devem ser qualificados a exercer a função a qual são habilitados. Não basta termos professores mestres e doutores nas universidades, se esses são apenas titulados, eles dever ser de fato qualificados, o título não deve ser de qualquer um.

Lá, quando a lei foi criada, a demanda era uma, hoje essa visão está defasada, hoje precisamos de pessoas bem formadas, qualificadas, e não simplesmente habilitadas. Ter licença pra ser professor não pode ser uma coisa pra qualquer um, o professor tem muita responsabilidade nas mão, lida com os seres humanos mais controversos (adolescentes), quer tarefa mais difícil que essa? Não pode ser tarefa pra qualquer um.

Continua...
LDB/96 - Lei de diretrizes e bases da educação brasileira.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Promessas de um idiota às seis da manhã.

Eu prometo aderir ao sistema,
Olhar a vitrine, o cartaz do cinema.
Trocar minhas rugas de preocupações pelo céu de Ipanema.

Prometo viver a intenção do passado,
Manter este corpo faceiro ao meu lado
O ar de menina sapeca e levada do cabelo molhado.

 
E eu prometo aviar a receita do bolo da sorte, da boa colheita,
Matar a angústia dessa juventude tão insatisfeita.

Prometo trilhar o caminho mais certo,
Cidadão comportado ordeiro e correto,
Dividir minha cama com a mulher amada no momento deserto.

Posso ser um idota, uma mula sem cabeça e prometer coisas que possivelmente não vou cumprir, mas Zé Geraldo já dizia tudo, "só um idiota poderia prometer essas coisas". Pois é, sou mesmo um idiota!

sexta-feira, 10 de junho de 2011

De volta à terra do nunca

..."e pela minha lei a gente era obrigado a ser feliz"...(CB)

Fingindo ser feliz sigo, nessa rotina massante que me afasta da minha arte, do meu violão e dos meus escritos. Minha mente trabalha incessantemente, mas não há tempo pro papel... acordei outro dia com os gritos do meu teclado americano, dizendo coisas que não entendia bem, mas era nítida a falta que ele sentia dos meus dedos.

Meus sentimentos mais embaralhados do que nunca, minhas voltas pela cidade e pelas festas cada vez mais escassas, e a faculdade, ah ela sim me fode!! Desculpem minhas palavras, mas me tira da vida e me coloca num esquema entediante de trabalhos e compromissos, me põe às voltas e me coloca no centro denovo.

Enquanto chico toca, coloquei uma bohemia pra gelar, acendi o meu cigarro e me sentei... minha cadeira já macia sentindo a minha falta, nem senti o frio que entrava pela janela, mas as idéias que me eram frequentes desapareceram, e a pressão, essa com a qual tão habituado estou me bate forte mais uma vez.

Saudades dos ouvidos... espero ser ouvido mais uma vez!

(CB) Chico Buarque

terça-feira, 24 de maio de 2011

Palavras atrasadas!

Hoje ouvi Oswaldo*...

Esperei que Oswaldo me dissesse algo de bom, que trouxesse um sentimento qualquer... mas quando esperei de Oswaldo, quem me disse foi Arnaldo**: "Qualquer coisa que se sinta, tem tanto sentimento deve ter algum que sirva".

Essa noite sonhei, e minha cabeça juntou tudo e fez bagunça, meu violão tocava, seu sorriso brilhava... e vc não falava, estava envergonhada...



*Oswaldo Montenegro
**Arnaldo Antunes

Pulgas

Existem alguns momentos em nossa vida que só o violão resolve...

enquanto me mato com minhas pulgas
meu coração sacode o peito
tira de órbita meus pensamentos
me coloca do avesso e volta

enquanto mato minhas pulgas
o sangue escorre de minhas veias
sai e volta de novo

enquanto minhas pulgas me matam
mato-me a mim mesmo
"torturo, dôo, ecôo"
minha voz sai e volta

enquanto minhas pulgas matam-se
minha faca finca, fica, furnica
entra em minha pele e sai

enquanto me mato em pulgas
minha mente não sai de ti
vai e não volta...

tem horas que nem meu violão resolve...

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Barbáries da mídia contra a educação brasileira, pessoas desinformadas informando a população.

Bom galera, hoje acordei mais chato, mais intrigado com as coisas, na verdade fui dormir com essa pulga e acordei com ela coçando.

A Globo mais uma vez apronta das suas, tanto no link quanto no vídeo abaixo vocês podem conferir as babaridades que irei colocar aqui.

 

A notícia até certo momento praticamente imparcial, se trata da aprovação pelo MEC de um livro de Língua Portuguesa que poderá ser utilizado pelos estudantes da educação básica, onde a autora "relativisa o uso da norma culta do idioma". Bom, não sou especialista em Lingua Portuguesa, e estou muito longe disso, como muitos sabem sou da área da Matemática, não peguei o livro nas mãos (mas gostaria) pra saber como ela aborda exatamente o tema, mas me parece bárbaro que a globo se utilize da "ignorância do povo" pra colocar como comentarista da notícia uma doutora em psicologia da educação, Maria Alice Setubal. Aki está o Lattes dela. Tudo bem que ela foi avaliadora de livros didáticos do MEC no governo FHC, mas isso torna ainda mais claro porque ela critica essa atitude do MEC.

Pra quem tiver mais saco pra ler e quiser ouvir a opinião de um especialista, aqui trago mais um link pra vocês lerem. O autor do texto Marcos Bagno, chama atenção à maneira como fala o jornalista, que pode ser conferida no link que coloquei, defendendo a norma culta e falando fora dela... enfim, barbáries da nossa tão maravilhosa mídia brasileira!






Sem extremismos, mas comentem e dêm suas opiniões...

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Juvenilidades

ah, essa tão falada e desfalada juventude
essa desfolada, arranhada, areganhada
grita em mim pelos cabelos, pelas vestes surradas
pela barba rala e pela goela...

o senso, o contrasenso e a liberdade
a falta de senso, a contraversão da realidade
as ilusões e a idiotice
a fome e o sono e o alento ao relento...

essa alma que não quieta
que não para, não cala e grita em mim
uma vontade de viver o novo
mas sem largar mão do que passou

essa juventude de escolhas difíceis
de momentos surtosos
de exageros e de algumas alegrias fabricadas

essa juventude que me corre às veias
me coloca na rotina de não ter rotina
me faz pensar e calar
gritar em silêncio, no silêncio do meu quarto

poemas que não têm fim
história imcompleta de uma vida sem começo
não sei de onde vim, não sei pra onde vou
mas vou tentando...

Devaneios, ou algo assim...

Existe um céu sobre meus pés
existe um mar longe daqui
existe um fio de cabelo, dois, três...
há um peito no meu peito
um arrombo infernal
voa terra, nada o ar
queima água e pisa o fogo.

Se meu peito fosse seu
seria o seu abrigo meu
se seu beijo fosse meu
devolveria...
pra que você pudesse me beijar denovo.

Voltas

Uma noite dessas ainda surto.
Como sempre as noite são longas, a lua cheia e a mente vazia. Lembro-me de paixões, de sonhos e romances que nunca vão acontecer. Lembro-me bem do seu sorriso e do seu beijo, lembro-me dos traços do rosto, da pele macia e seu cabelo solto, ao vento, como se a liberdade residisse ali... oras, a liberdade não está presa em lugar algum. Mas está ali também!
Me perco no coração das meninas, um dia ouvi isso de um grande poeta, mas não era bem assim... me perco em sentimentos quando te conheço, todos os dias me perco, em minhas alucinações, em meus sonhos, em meus sentimentos.
Isso que dá ser humano (merda!!)
Gostaria que em meu peito tivesse uma só pessoa, gostaria de pensar só em você, mas não posso. Me perco no coração de outras meninas. Gostaria que seu pensamento fosse só meu, mas não posso... somos livres para amar, somos seres plurais e não há lugar para um só!
Minha mente navega por mares distantes, regado ao rum pirata, ao conhaque barato, e a cerveja... ah, a cerveja, tão amiga e companheira.
Penso em tudo, e tudo volta a você. Parece que minha mente se tornou redonda, e aqueles quadradinhos todos foram derrubados, quebrados um a um, pra que eu pudesse circular por pensamentos, mas circular implica em não sair do lugar. Estou parado e dando voltas...

domingo, 8 de maio de 2011

Êxta-se

Algumas coisas me levam ao êxtase... sábado à noite, recebi várias ligações, muitas possibilidades de diversão e estou em casa. Tudo bem que minha cerveja e meu cigarro estão do meu lado, tudo bem que estou ouvindo uma música que me agrada, tudo bem que meus amigos estão por aqui, e está tudo muito divertido... affe, meus amigos não estão por aqui, e minha diversão é escrever no blog.
Estou pensando em todas as meninas da minha lista telefônica, mas não tenho créditos, estava pensando em ir pra algum boteco ruim, solitário, mas to sem grana... é, realmente é difícil ter amigos enquanto se está sem grana...

Me bate então aquela esperança insólida de que alguém derrepente me toque a campainha, e quando eu for atender seja aquela vizinha gostosa por quem sempre tive desejos.. quem não tem uma vizinha gostosa? Pois é, me pego estúpido, pois não tenho vizinha gostosa, nenhuma que possa bater a minha porta querendo ter uma noite quente, nenhuma que me faça subir pelas paredes.. nem mesmo uma coroa viúva, dessas que conserva uma teia de aranha há mais de um ano, e que me dê um chá! uma canseira daquelas que me mostraria que estive trepando com as meninas erradas...

Paulinho Moska me perguntando "meu amor, o que você faria se só te restasse esse dia?"... e eu respondendo, "eu iria morrer aqui sozinho com meu copo de cerveja, escrevendo palavras que ninguém vai ler"...

Sentado cá em minha cadeira de couro, modesta e rasgando-se em trapos, observando minha estante de livros velhos e novos, que de tão pouco lidos misturam no ar o cheiro de novo com o pó que se acumula sobre eles... penso, quão grande a diferença de uma noite pra outra... ontem em dança e com amigos por toda parte, me acabando em cerveja e vendo o mundo girar no céu estrelado, hoje aqui, vendo o teto do apartamento que de branco já não tem nada, e as marcas do passado nas paredes, um resto de mim que ainda se preserva nas fotografias e cartazes, um pouco de mim que se resume em giz de escola em circunferências descricas com compasso em torno do prego que não pindura nada....

A solidão é assim, me apego em coisas que não existem, me apego a coisas que sempre aqui estão e nunca noto, a solidão me faz lembrar dos dias calorosos debaixo de lençóis outros que não os meus... me faz desejar presenças que na real.. nunca tive... e vivem em minha mente.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Uma seta fora do alvo*

"havia uma flor no meio do caminho, no meio do caminho havia uma flor"

Desde muito cedo milimetrizo meu caminho, coloco tudo em quadradinhos... nesse meu caminho vi muitas coisas, campos grandes e pequenos, mata verde, árvores secas e outras nem tanto, frutas, retratos, cores... silêncios e muitos barulhos!
Um dia desses saí pra andar, mas sabe quando você sai andando sem motivo? Um caminhar sem rumo, sem sentido... uma calmaria de dar solidão*.
Havia uma flor no meio do caminho, e assim como aquela rosa do pequeno príncipe, essa flor se tornou preciosa para mim. Uma flor amarela, como um girassol... mas que comigo falava, e me falava "coisas sobre o céu a terra a água e o ar"(LU), de como a vida e os amores podem ser livres, como além de si existe mais, e por mais que eu soubesse, e quisesse tudo isso, quisesse essa flor, a flor também era livre... e eu? eu era livre também, só faltava aceitar isso...

A flor passou pelo meu caminho, me marcou. com uma cicatriz que não dói, não arde, me marcou! não com espinhos, mas com suas pétalas amarelas, me marcou! com suas palavras e seu jeito de ser. A flor passou pelo meu caminho, e se vai, uma flor que não fica na beira da estrada esperando os transeuntes, uma flor que não espera a vida pra viver, uma flor que vive, e que como todas as flores também é capaz de murchar, também seca... mas que cedo ou tarde volta espalhar suas cores luminosas por aí.

Havia uma flor no meio do caminho... há um caminho no meio da flor.

*Parafraseando Paulinho Mosca
(LU) Legião Urbana

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Como se fosse ontem

Há uma certa tristeza na cidade quando a chuva cai, aqui em Londrina isso acontece sempre, e a tristeza invade meu coração... bate uma saudade da chuva, lembranças que não me abandonam.
A chuva meche comigo, é como se fosse ontem dezembro. É como se aquela transição de vida ainda estivesse na minha alma. Uma paixão, um som, um cheiro de vida boa, meu peito estufa e o cigarro não me afaga...
"o vento vai dizer lento o que virá, e se chover demais a gente vai saber claro de um trovão se alguem depois sorrir em paz" (LH) ... acredito que é bem isso, todos os sorrisos voltam ao claro de um trovão, e o gosto de tudo aquilo vem à boca, vem a mente e me corrói o peito, vontade de estar lá denovo, de sentir o calor denovo, suas mãos, seu som... meu violão e sua voz, minha alma e a sua, como se estivessem se procurando há tempos, como se tivessem se encontrando pra sempre, pra nunca mais...
.... mas sempre que chove, minha alma volta a te procurar, volta a se lembrar, volta a te amar, como se fosse ontem...

(LH) Los Hermanos

sábado, 23 de abril de 2011

Campo Grande

Um campo, um tanto
uma cerveja, duas, três....
um cigarro, dez, quatro, cinco maços...
volão...

Há uma falha no meu raciocínio
há um tempo errado na conjugação
uma vida, uma história, uma fita fora do esquema

Seu rosto aqui
teus olhos em outro corpo
outro sentimento, que não sei qual é
uma nostalgia, um esboço velho de sentimento

A manhã no lago
a noite atravessada embriagada
a festa que nunca acaba
o som das vozes que se repetem....

Mas a nossa aventura ainda não se acabou
nosso destino ainda prevê dois dias de caminhada
dois dias de aventura
e quando se acabar, tudo vai começar mais uma vez...

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Payol 2

Ao som de Mutantes
Gilberto Gil me anima
me traz inspiração
que contenta, me alucina.

O frio que antes congelava minhas veias
me mostrou o quanto sou vagabundo
ficar sozinho eu digo que não me assusta
é o vento sudoeste que me deixa assim.

A cerveja gelada está quase quente
meu cigarro não me esquenta assim
até meu sonho se faz agora ausente
talvez encontre algum calor bem longe de mim.

E antes era antes pois não é agora
e o futuro, amanhã, ainda está por vir
o frio que sentia já não sinto mais
pois o gelo da cervaja é calor, está dentro de mim.

No payol

No meu caderninho eu anoto tudo
pensamentos e obsevações que já não faço mais
um casal na mesa ao lado bebe black
eu aqui no meu cantinho itaipava.

Num outro canto fito o garçon desconfiado
pensando em dó quando me vê sozinho assim
barba, cabelo e bigode por fazer
doido varrido se concentra e começa a escrever.

Os carros passam... não é garçon, mas o gerente
uma galera se aproxima atráz de mim
eu, minhas mãos frenéticas, os pensamentos e a caneta
um cutucão no ombro põe a escrita ao fim.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Noturnidades 2

Minhas noites já não são as mesmas depois daquela mulher. Há como um pequeno ser humano, frágil e bobo, simples e aparentemente inofensivo, atingir-nos com tamanha força? É, depois dela que parei pra pensar minha vida, foi depois dela que assumi esse formato, foi depois de tudo isso que comecei a ser assim. Bom, no fundo já queria tudo isso, mas sempre achei mais interessante não ser. Eu, aqui, hoje, na frente desse computador, eu e meu cigarro, eu e a minha não-velha noturnidade.
O cigarro na mão ao invez da palheta do meu violão, as cartas na mesa e o desejo, a paixão bêbada e sórdida, sedenta de sacanagem, sedenta de alegrias, inflamada pelo meu isqueiro numa garrafa de cachaça, que queima quando desce, que queima quando repousa, que queima...
As minhas noites regadas à música boa: samba, rock e MPB. Minhas noites regadas por insanidades, quase atrocidades ao organismo, e um bom papo. Ah os papos! Sim, as idéias jogadas fora pra dentro das outras pessoas, as idéias compreendidas e as incompreendidas procurando solução, toda uma igualdade desigual, de sexo, de cor, gênero, número e grau... de áreas. Fome de entender o que se passa na sua cabeça, sede de mostrar o que se passa na minha. A troca, de idéias, de risos, de tapas e de fluidos.
As experiências vividas com ela e depois dela, dela? Pois é, há tantos "ela", que me perco... há tanto dela em mim, que de longe mesmo sinto seu penar, que sinto em mim a dor, que sinto aki, nessa marca que ficou, sinto... mas não é minha a dor, não é minha a saudade, há apenas o que ficou, porque depois dela passei a ser um só.

Dois pontos, na outra linha... parágrafo e travessão

Pensando hoje no que não tem mais fim
percebi que o fim quem faz sou eu
dou fim ao ponto, e construo a vírgula
pra entender o rumo dessa história,
invento o ponto de interrogação
pra questionar minha tragetória?
coloco um ponto de exclamação
um não! dois! e reticências
pois não tem mais fim o agora...

segunda-feira, 28 de março de 2011

Tenho pensado a fé.

Tenho pensado a fé. Mas como, se a fé é o ópio do povo? É um jargão maldito que exorciso nesse momento. Acredito em esquemas de dominação, pessoas que submetem outras a fazer coisas, as quais não necessitam, convencendo de que elas precisam e querem aquilo! Acredito na crueldade possível do ser humano, acredito que há muita merda, que não acredito... sim, tem muito mais.
Porém a fé é boa. E fé pra mim é "crença, confiança" (mA). Posso acreditar no que quiser, posso deixar de acreditar quando quiser. A fé é própria, é particular e individual, acredito em deus, em algum deus, e não consigo acreditar em tudo o que, é dito, ciência. Simplesmente não dá, como podemos saber do passado se ninguém lá registrou nada? E se registraram, como podemos entender o que significa tudo aquilo, se nem mesmo sabemos se aqueles seres respeitavam os mesmos processos lógicos que conhecemos hoje? Como podemos datar vida na Terra se ninguém registrou o comportamento de determinadas dubstâncias depois de bilhões de anos em laboratório, ou em experimentos? O que podemos ter são suposições, especulações apenas...
Na sociedade atual, a oriental se diferencia da ocidental principalmente por sua maneira de pensar, os desenvolvimentos lógicos de seus respectivos raciocínios ainda são diferentes, e se não fosse pela (maldita) globalização pensaríamos ainda mais diferentemente. Como poderemos entender os processos lógicos dos "homens das cavernas"?
Minha falta de fé em setores da "ciência" vem daí. Há mistérios que permanecerão misteriosos, assim como a bíblia, a origem do mundo permanece nebulosa em minha mente, mas não me importo com isso... só quero que não tentem de me convencer de coisas abstratas, e mais matemático do que nunca, acredito apenas naquilo que é passível de prova! E se há provas, que me apresentem.



(mA):quinta acepção do mini-aurélio 3ed.

PS: Ciência está entre aspas pois, para mim ciência é sinônimo de saber, dessa forma, se não sei de algo não tenho ciência.

terça-feira, 22 de março de 2011

Ao som de Titãs

Não é por mal que às vezes me vou, não é por mal que sumo do mundo e caio no mundo... essa é só uma maneira minha de fugir. esquecer as coisas todas nunca esqueço, deixar de pensar, bom, penso sempre. E que fique claro que não desprezo nada nem ninguém, cada um é logicamente construído dentro de uma lógica que na maioria das vezes não é a minha lógica. Apenas desconsidero fatores que podem ser relevantes. E fujo...
Essa minha maneira de falar também é uma fuga, que entenda quem entender, mas o fato é que me escondo em mim quando me abro por inteiro, quando me confesso é porque estou me escondendo, e isso é a razão de fugir do mundo caindo no mundo. Essa é a minha lógica. E haja visto que a lógica matemática é extremamente simples perto dessa...
É fato também que é temporária, a fuga é sempre passageira (na verdade é passageiro aquele que foge, mas isso é outro assunto). "O primeiro senso é a fuga. Bom…Na verdade é o medo Daí então a fuga."(TM), É medo, isso que sinto de encarar o mundo, de ler coisas, de ter na cara aquilo que em causa dor. Isso é doloroso, sim, dá medo, e por isso fujo.
Mas depois eu volto.

(TM) O teatro Mágico

PS: o título é porque eu tava ouvindo Titãs na hora em que escrevi isso. lol

terça-feira, 15 de março de 2011

Células que vão e vêm....

quando o sol arde em chamas
a suavidade que até então tomava a pele
se perde
a aspereza cobre o corpo
como agarganta após um trago
o sol se vai...
e assim como a lua se renova
se renova também meu peito
e minhas células de epiderme
que antes afagada pelas mãos suaves
se soltam com o vento de um dia nublado
e caem ao chão
levando consigo parte do meu mundo
parte do meu peito
que agora está ao meio.

quarta-feira, 2 de março de 2011

o por do sol de"manha" e a euforia do ser

e quando a folia nos toma conta, e quando a alegria invade meu peito, o que devo fazer.....??
o dia nublado la fora nao mostra a verdade dentro de mim, o dia la fora nao fala de mim, o dia la fora nao me fala nada.... ta cinza e cruel, mas dentro de mim brilha o verde, o amarelo e o azul, ..."cor de rosa e carvao" (MM), meu cigarro nao alivia, e nem queria... essa euforia toma o peito e ate chico buarque me gera um sentimento de roda punk, essa essencia me faltava, o animo pra vida, o sentimento de liberdade, de quebrar as correntes do ser, algo que nao sentia a muito tempo, algo que me rodeava, algo que era desde meus tempos de menino, meus tempos de PJ meus velhos tempos.
"um dia todo mundo vai morrer, eu quero saber o que vai acontecer quando esse dia chegar" (Mj) essa euforia musical que se desperta em shows de rock, quando a quimica da propria amizade parece inusitada, acordo e sinto a estranha vontade louca de limpar a casa, de lavar o banheiro, de esfregar as paredes e de colocar mombojo no maximo volume... de sentir o sol entrar... mas la fora faz chuva, o dia se derrama em cinzas, se depoe... se poe logo de"manha".

(MM) referencia ao disco de Marisa Monte
(Mj) Monbojo

PS: a ausencia de acentos nao eh proposital, meu teclado amanheceu zuado como o ceu amanheceu nublado....

Cigarro

Zeca Baleiro

A solidão é meu cigarro
Não sei de nada e não sou de ninguém
Eu entro no meu carro e corro
Corro demais só pra te ver, meu bem
Um vinho, um travo amargo e morro
Eu sigo só porque é o que me convém
Minha canção é meu socorro
Se o mar virar sertão, o que é que tem?
Dias vão, dias vêm, uns em vão, outros nem
Quem saberá a cura do meu coração se não eu?
Não creio em santos e poetas
Perguntei tanto e ninguém nunca respondeu
Melhor é dar razão a quem perdoa
Melhor é dar perdão a quem perdeu
O amor é pedra no abismo
A meio-passo entre o mal e o bem
Com meus botões à noite cismo
Pra que os trilhos, se não passa o trem?
Os mortos sabem mais que os vivos
Sabem o gosto que a morte tem
Pra rir tem todos os motivos
Os seus segredos vão contar a quem?
Dias vão, dias vêm, uns em vão, outros nem
Quem saberá a cura do meu coração se não eu?
Não creio em santos e poetas
Perguntei tanto e ninguém nunca respondeu
Melhor é dar razão a quem perdoa
Melhor é dar perdão a quem perdeu
Não creio em santos e poetas
Perguntei tanto e ninguém nunca respondeu
Melhor é dar razão a quem perdoa
Melhor é dar perdão a quem perdeu

Suave... fim, suave...

A suavidade acabou, o fim é terno...

queimei o dedo no cigarro... fez bolha!
muita coisa aconteceu desde o último post!!

o senhor dos anéis diz que o fim é vulcão, a bíblia diz que o fim é infernal... que há coroas de 13 estrelas, que há dragões, que há víboras...

"o fim é belo e incerto" (TM) o fim não existe, o fim é mágoa é amargura, é quinta feira.... é o fim....

o que acaba simplesmente acaba... a vida continua, muita vida acontece, mas o fim acaba, a vida segue, mas no fim... é fim, é fim... acaba....

(TM) O Teatro Mágico

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Ela vai e volta!

Sim, há algo mais que gostaria de dizer.... sempre há! Minha noite, minha sina, quanto mais cutuco mais dolorido fica. E é no breu da noite que me vejo, a remoer meus sentimentos, a colocar minha alma em cheque, a desaparecer de dentro de mim. Não sei porque faço isso, meu cigarro é pouco, já não sacia, não me desentope... e Ela, sempre Ela ... volta serena e quando vejo já me levou, Ela que me sufoca e me deixa em pane, Ela que nem minha fumaça faz repousar.
Poderia eu ler mais, utilizar de palavras que me serram a pele, que transmitam por completo o que sinto, mas ainda assim. você não sentiria, você não entenderia, porque é meu.... só meu e pra sempre aqui isso vai ficar.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

onde estamos?

um dia de perdido, isso é o que me ocorre...a fumaça do meu cigarro fumado com força é o que me guia. a música é o som das teclas que digito com pressa,  com medo de que me escapem os pensamentos. o vazio que me enche o peito, a fumaça que entra e não traz nada de lá quando volta. as conversar animadas no meio da noite, os sorrisos que se perdiam de nossa face e iluminavam o céu como a lua cheia da semana passada, o bom entendimento e a tolerância, "a minha barba estava desse tamanho"(Tt) e já não está mais o bastante. as músicas... não, a fumaça não traz as músicas de volta.... o sexo... ahhh, o sexo... desse não gosto de falar, estou deturpado demais pela sociedade e seus valores cristãos para falar nele... mas nem ele volta.
Nada... absolutamente nada volta, a não ser a velha fumaça fedida que me mata aos poucos e que hoje, parece que me afoga!!

8 dias depois

enquanto minhas noturnidades se afloram, enquanto minha vida volta ao normal, minha cabeça se perturba, embaralhada tenta se esclarecer. isso me põe pra fora do papel, mesmo do papel virtual. me coloca num mundo neural, onde tudo o que há é um emaranhado de flash's elétricos se movimentando na velocidade da luz. minha mente hoje se conflita entre as noturnidade e as normalidades. é subjetivo falar de normalidades, mas quem disse que o subjetivo não me interessa? principalmente quando o sujeito o "subjeto" sou eu! me complico, fico aflito... e Ela, Ela continua a me perturbar, Ela que não me deixa nunca, que quando parecia ter ido, volta. é, de fato estou sentindo... ah sim, estou sim. e ainda bem que sinto, isso significa que estou vivo, mesmo que completamente eletrocutado pelos impulsos cerebrais.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Noturnidades

Minha nova vida sã não está salva, continuo com meus devaneios loucos e minha noturnidades, mas por enquanto com menos álcool no sangue, apenas aquele que restou da última manguaçada (duas semanas aff...). o litro de coca paira, na escrivaninha bagunçada, nas marcas já não há mais latas, o que há agora são formigas roendo o que sobrou da coca-cola podre no fundo dos copos. meu estômago já não aguenta mais, pede água (ardente). minha mente lúcida não pensa, apenas dá voltas em vão, como faz a Terra por nós, achando que pode mudar nosso ponto de vista sobre as coisas apenas girando, girando e girando... mas é claro "porque que eu não pensei nisso antes?"(IA) ela gira pra tentar fazer-nos ver as coisas de ângulos diferentes... haha pena que não funcione, o ser humano continua bêbado, vento tudo em duplicidade e sem entender poha nenhuma.
vc entendeu alguma coisa?

*Estou de abstinência de álcool, me recuperando de uma cirurgia e tomando antibióticos.

(IA) Itamar Assumpção

Com gosto de alho

"comida é pasto"(Tt) você tem fome de comer o que (ou quem?). com sabor ou sem sabor? isso, sim comida mesmo... oh!! qualquer tema lembra? pode ser no arroz, no feijão, no repolho, no ovo ou na carne... alho com tudo combina!!? até com suco de limão (e mel...). gosto de alho é ruim "mas faz bem pra gripe menino"(FP) mas nossa vida tem alho pra todo lado. aquele emprego chato e gasto que garante nossa cachaça. aquele professor intragável mas que dá aula como ninguém... pois é, o alho dá sabor, que de tão irritante pode até tornar um beijo mais caliente. alho, sim... beijo de alho, maionese de alho, pasta de alho com sal (desses prontos que facilitam a vida). "sal da terra"(B), se fosse hoje em dia dirímaos: -Alho nosso de cada dia... hahaha exagerei, sim, mas não no alho, pq dá um gosto ruim na boca... (mas o beijo de alho, ahhh...)

(Tt) Titãs
(FP) Frases do Papai (quando era criança)
(B) nota Bíblica
(será?) pergunta.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Sem ressaca

segunda feira, no ressaca, no bebidas, no dorgas. hoje dia de cão, dia de não, dia de tão! tão chato, tão caótico tão lento... tudo no começo é muito bom, menos a semana. a semana começo de chico e termino de chico(buarque). porque "o fim é belo e incerto"(TM). e no fim é vc mesmo, sempre! por mais chico que seja, o fim é sempre mais legal que o começo. mas sem ressaca é dureza, sem ressaca não é segunda. é terça, é quarta, é quinta.. é de quinta (categoria). inferno!! tem quem não goste de ressaca, sede, dordecabeça, estomagogemendodiatodo! aff...
mas pra te falar a verdade eu amo ressaca! a ressaca é sinal de que a noite anterior foi boa. não que o domingo tenha sido ruim, não que a noite passada não tenha tido lua, nem estrelas. mas não tem ressaca. e sem ressaca não é segunda.
sem mais, até a próxima ressaca sem segunda.... e beijo na bunda!

(TM) O Teatro Mágico

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Quarto sem tapete

chão nu, cru, desnudo, raso e frio! oh divindade, ente, ser superior, deus.. o que fazer quando seu mundo cai ao chão? ouvir Chico Buarque ou Adriana Calcanhoto? ah sim, Tulipa Ruiz. o frio que me sobe pelos pés, o gelo que me gela a guela sem cerveja sobe pelas pernas e chega até o (f)rim. as artérias de grande fluxo, marginais que até agora nunca engarrafaram, trazem o frio com uma velocidade de fórmula um. me gela o corpo, me gela a alma, mas aquece meus pensamentos. o frio que vem do chão ataca o coração, mas vem do chão? talvez dele mesmo então! seria esse um grande vilão (coração gelado? (UC)), um amigo, a falta de tapete no chão, ou a falta de chão pra colocar tapete?

(UC) Ursinhos carinhosos

Novo velho verbo

minha mente se esvazia, chora, cria. "um copo vazio está cheio de ar" (CB). minha mente vazia está cheia de minhocas, de milhocas, de migalhas. seria esse o reflexo do meu coração? minha mente entende, surpreende, mas não! ele não quer, mas se esforça. cada dia é pior, cada hora é mais densa, é mais tensa. um trago, um rasgo, guaraná jesus. não vinho, nem cerveja, nem a pinga grande amiga. apenas a beira de um abismo, no qual se jogam as minhas lágrimas. um abismo absurdamente demente, incoerente, inconsistente, indecente! desrespeitoso, doloso, doloroso... 
como fazer para compreender o que não se quer compreender? acho que preciso sofrer. sempre foi assim, e assim que sempre vai ser. ..."e o verbo é sofrer" (Gg).

(CB) Chico Buarque
(Gg) Gonzaguinha

sábado, 5 de fevereiro de 2011

A missa (Mombojó)


"Eu quero ver quando eu chegar e te chamar para dançar o que é que você vai dizer. Se vai querer, se vai negar... tá todo mundo dançando, eu também quero dançar. Todo mundo dançando e esperando a missa começar. Quando a missa acontece ou quando vai acontecer você sabe que uma prece não vai te dizer. que o diabo agradece por você, e você sempre se esquece que um dia vai morrer. Um dia todo mundo vai morrer, eu quero saber o que vai acontecer quando esse dia chegar e se você não estiver a me esperar para me dizer como foi lá."

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Espelho torto!


Quem ser?
era pra ser uma reflexão de mim, mas não sou eu, é o que deveria ser. careta e correto! religioso e partidário (de direita ainda aff). qudrado. mas serviu, não refleti sobre o que sou, nem vi meu reflexo, mas refleti. refleti o que não sou, ou sou, mas diferente. saber quem de fato se é querer demais, se ver na foto e se sentir a si mesmo. não não soul. reggae, blues ou MPB, mas não soul (não) mesmo! o que reflete está fora, o que reflete não se vê. não você. não agora! mas quem sabe amanhã?

Vou dormir

Falta inspiração, falta o verso, falta a prosa, falta a paz!

O café com pão comido em fome. Agora dorme!

O que mais fazer se comer dá sono e dormir dá fome? Agora dorme!!

O excesso de luz que emana do notebook, a tela cheia que não enche, que não preenche.

Tô cheio. Vou dormir...

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Nota de abertura

Sim, isso é um blog para expor idéias e sentimentos. Sim, comentários abusivos estão liberados, claro que se não se tratar de temas indiscutíveis (futebol, religião, etc). Sim, podemos nos ofender. Sim, podemos transar o quanto nos for agradável, até que se esfole tudo, a mente, o corpo, as mãos... "Sim, eu posso" (PA), podemos tudo o que quisermos aqui, menos abusar do internetês ao ponto de não nos entendermos mais.

Não há temática, não há tema, não, não há nada... ainda e por enquanto, ainda que seja o mesmo que antes.


Pedro Laperuta


(PA) Professor Aloprado (citação ao filme)