"Hay hombres que luchan un dia y son buenos.
Hay otros que luchan un año y son mejores.
Hay quienes luchan muchos años y son muy buenos.
Pero hay los que luchan toda la vida: esos son los imprescindibles."

Bertold Brecht

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Noturnidades 2

Minhas noites já não são as mesmas depois daquela mulher. Há como um pequeno ser humano, frágil e bobo, simples e aparentemente inofensivo, atingir-nos com tamanha força? É, depois dela que parei pra pensar minha vida, foi depois dela que assumi esse formato, foi depois de tudo isso que comecei a ser assim. Bom, no fundo já queria tudo isso, mas sempre achei mais interessante não ser. Eu, aqui, hoje, na frente desse computador, eu e meu cigarro, eu e a minha não-velha noturnidade.
O cigarro na mão ao invez da palheta do meu violão, as cartas na mesa e o desejo, a paixão bêbada e sórdida, sedenta de sacanagem, sedenta de alegrias, inflamada pelo meu isqueiro numa garrafa de cachaça, que queima quando desce, que queima quando repousa, que queima...
As minhas noites regadas à música boa: samba, rock e MPB. Minhas noites regadas por insanidades, quase atrocidades ao organismo, e um bom papo. Ah os papos! Sim, as idéias jogadas fora pra dentro das outras pessoas, as idéias compreendidas e as incompreendidas procurando solução, toda uma igualdade desigual, de sexo, de cor, gênero, número e grau... de áreas. Fome de entender o que se passa na sua cabeça, sede de mostrar o que se passa na minha. A troca, de idéias, de risos, de tapas e de fluidos.
As experiências vividas com ela e depois dela, dela? Pois é, há tantos "ela", que me perco... há tanto dela em mim, que de longe mesmo sinto seu penar, que sinto em mim a dor, que sinto aki, nessa marca que ficou, sinto... mas não é minha a dor, não é minha a saudade, há apenas o que ficou, porque depois dela passei a ser um só.

Um comentário:

  1. com um cigarro aceso tbm, lhe digo, a coisas na vida que chegam feito temporal,molha, afoga e se vai, deixando marcas,profundas como a chuva, densas como as marés, e assim ficamos, noites de fuga, bêbados de lembranças e no embalo de nossas memórias turvas, o gosto plasmado de nossas ausências sem porquês, e o impiedoso tempo a se esquecer de nosso antes...

    bom post, boas notas de silêncio, triste melâncolia se pernoitando ao relento... abs!

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