"Hay hombres que luchan un dia y son buenos.
Hay otros que luchan un año y son mejores.
Hay quienes luchan muchos años y son muy buenos.
Pero hay los que luchan toda la vida: esos son los imprescindibles."

Bertold Brecht

terça-feira, 22 de março de 2011

Ao som de Titãs

Não é por mal que às vezes me vou, não é por mal que sumo do mundo e caio no mundo... essa é só uma maneira minha de fugir. esquecer as coisas todas nunca esqueço, deixar de pensar, bom, penso sempre. E que fique claro que não desprezo nada nem ninguém, cada um é logicamente construído dentro de uma lógica que na maioria das vezes não é a minha lógica. Apenas desconsidero fatores que podem ser relevantes. E fujo...
Essa minha maneira de falar também é uma fuga, que entenda quem entender, mas o fato é que me escondo em mim quando me abro por inteiro, quando me confesso é porque estou me escondendo, e isso é a razão de fugir do mundo caindo no mundo. Essa é a minha lógica. E haja visto que a lógica matemática é extremamente simples perto dessa...
É fato também que é temporária, a fuga é sempre passageira (na verdade é passageiro aquele que foge, mas isso é outro assunto). "O primeiro senso é a fuga. Bom…Na verdade é o medo Daí então a fuga."(TM), É medo, isso que sinto de encarar o mundo, de ler coisas, de ter na cara aquilo que em causa dor. Isso é doloroso, sim, dá medo, e por isso fujo.
Mas depois eu volto.

(TM) O teatro Mágico

PS: o título é porque eu tava ouvindo Titãs na hora em que escrevi isso. lol

2 comentários:

  1. é cara as vezes agente precisa fugir... pra refletir, pra digerir e assim depois dessa peregrinação voltamos prontos pra outra!

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  2. vai aqui um pedaço de um dos poetas que mais gosto,manuel bandeira:

    a morte absoluta

    morrer.
    morrer de corpo e de alma.
    completamente.
    morrer sem deixar o triste despojo da carne,
    a exangue máscara de cera,
    cercada de flores,
    que apodrecerão-felizes-num dia,
    banhada de lágrimas
    nascidas menos da saudade do que do espanto
    da morte.
    ...

    morrer tão completamente
    que um dia ao lerem teu nome num papel
    perguntem: "quem foi?..."

    morrer mais completamente ainda,
    - sem deixar sequer esse nome.

    a arte é o que vale, ser prisioneiro ou ser algo dentro da fuga, ou ser mesmo a própria fuga,fingindo ser outra coisa com outro nome, é algo que não merece padecimento, isso nos rechaça a alma, nos faz doer, em silêncio, sem gritos. sejamos manhãs, tardes e noites, mas sem perder nossas formas leves de viver! abs, e gosto daqui!

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