Há uma certa tristeza na cidade quando a chuva cai, aqui em Londrina isso acontece sempre, e a tristeza invade meu coração... bate uma saudade da chuva, lembranças que não me abandonam.
A chuva meche comigo, é como se fosse ontem dezembro. É como se aquela transição de vida ainda estivesse na minha alma. Uma paixão, um som, um cheiro de vida boa, meu peito estufa e o cigarro não me afaga...
"o vento vai dizer lento o que virá, e se chover demais a gente vai saber claro de um trovão se alguem depois sorrir em paz" (LH) ... acredito que é bem isso, todos os sorrisos voltam ao claro de um trovão, e o gosto de tudo aquilo vem à boca, vem a mente e me corrói o peito, vontade de estar lá denovo, de sentir o calor denovo, suas mãos, seu som... meu violão e sua voz, minha alma e a sua, como se estivessem se procurando há tempos, como se tivessem se encontrando pra sempre, pra nunca mais...
.... mas sempre que chove, minha alma volta a te procurar, volta a se lembrar, volta a te amar, como se fosse ontem...
(LH) Los Hermanos
"Hay hombres que luchan un dia y son buenos.
Hay otros que luchan un año y son mejores.
Hay quienes luchan muchos años y son muy buenos.
Pero hay los que luchan toda la vida: esos son los imprescindibles."
Bertold Brecht
segunda-feira, 25 de abril de 2011
sábado, 23 de abril de 2011
Campo Grande
Um campo, um tanto
uma cerveja, duas, três....
um cigarro, dez, quatro, cinco maços...
volão...
Há uma falha no meu raciocínio
há um tempo errado na conjugação
uma vida, uma história, uma fita fora do esquema
Seu rosto aqui
teus olhos em outro corpo
outro sentimento, que não sei qual é
uma nostalgia, um esboço velho de sentimento
A manhã no lago
a noite atravessada embriagada
a festa que nunca acaba
o som das vozes que se repetem....
Mas a nossa aventura ainda não se acabou
nosso destino ainda prevê dois dias de caminhada
dois dias de aventura
e quando se acabar, tudo vai começar mais uma vez...
uma cerveja, duas, três....
um cigarro, dez, quatro, cinco maços...
volão...
Há uma falha no meu raciocínio
há um tempo errado na conjugação
uma vida, uma história, uma fita fora do esquema
Seu rosto aqui
teus olhos em outro corpo
outro sentimento, que não sei qual é
uma nostalgia, um esboço velho de sentimento
A manhã no lago
a noite atravessada embriagada
a festa que nunca acaba
o som das vozes que se repetem....
Mas a nossa aventura ainda não se acabou
nosso destino ainda prevê dois dias de caminhada
dois dias de aventura
e quando se acabar, tudo vai começar mais uma vez...
quarta-feira, 20 de abril de 2011
Payol 2
Ao som de Mutantes
Gilberto Gil me anima
me traz inspiração
que contenta, me alucina.
O frio que antes congelava minhas veias
me mostrou o quanto sou vagabundo
ficar sozinho eu digo que não me assusta
é o vento sudoeste que me deixa assim.
A cerveja gelada está quase quente
meu cigarro não me esquenta assim
até meu sonho se faz agora ausente
talvez encontre algum calor bem longe de mim.
E antes era antes pois não é agora
e o futuro, amanhã, ainda está por vir
o frio que sentia já não sinto mais
pois o gelo da cervaja é calor, está dentro de mim.
Gilberto Gil me anima
me traz inspiração
que contenta, me alucina.
O frio que antes congelava minhas veias
me mostrou o quanto sou vagabundo
ficar sozinho eu digo que não me assusta
é o vento sudoeste que me deixa assim.
A cerveja gelada está quase quente
meu cigarro não me esquenta assim
até meu sonho se faz agora ausente
talvez encontre algum calor bem longe de mim.
E antes era antes pois não é agora
e o futuro, amanhã, ainda está por vir
o frio que sentia já não sinto mais
pois o gelo da cervaja é calor, está dentro de mim.
No payol
No meu caderninho eu anoto tudo
pensamentos e obsevações que já não faço mais
um casal na mesa ao lado bebe black
eu aqui no meu cantinho itaipava.
Num outro canto fito o garçon desconfiado
pensando em dó quando me vê sozinho assim
barba, cabelo e bigode por fazer
doido varrido se concentra e começa a escrever.
Os carros passam... não é garçon, mas o gerente
uma galera se aproxima atráz de mim
eu, minhas mãos frenéticas, os pensamentos e a caneta
um cutucão no ombro põe a escrita ao fim.
pensamentos e obsevações que já não faço mais
um casal na mesa ao lado bebe black
eu aqui no meu cantinho itaipava.
Num outro canto fito o garçon desconfiado
pensando em dó quando me vê sozinho assim
barba, cabelo e bigode por fazer
doido varrido se concentra e começa a escrever.
Os carros passam... não é garçon, mas o gerente
uma galera se aproxima atráz de mim
eu, minhas mãos frenéticas, os pensamentos e a caneta
um cutucão no ombro põe a escrita ao fim.
segunda-feira, 4 de abril de 2011
Noturnidades 2
Minhas noites já não são as mesmas depois daquela mulher. Há como um pequeno ser humano, frágil e bobo, simples e aparentemente inofensivo, atingir-nos com tamanha força? É, depois dela que parei pra pensar minha vida, foi depois dela que assumi esse formato, foi depois de tudo isso que comecei a ser assim. Bom, no fundo já queria tudo isso, mas sempre achei mais interessante não ser. Eu, aqui, hoje, na frente desse computador, eu e meu cigarro, eu e a minha não-velha noturnidade.
O cigarro na mão ao invez da palheta do meu violão, as cartas na mesa e o desejo, a paixão bêbada e sórdida, sedenta de sacanagem, sedenta de alegrias, inflamada pelo meu isqueiro numa garrafa de cachaça, que queima quando desce, que queima quando repousa, que queima...
As minhas noites regadas à música boa: samba, rock e MPB. Minhas noites regadas por insanidades, quase atrocidades ao organismo, e um bom papo. Ah os papos! Sim, as idéias jogadas fora pra dentro das outras pessoas, as idéias compreendidas e as incompreendidas procurando solução, toda uma igualdade desigual, de sexo, de cor, gênero, número e grau... de áreas. Fome de entender o que se passa na sua cabeça, sede de mostrar o que se passa na minha. A troca, de idéias, de risos, de tapas e de fluidos.
As experiências vividas com ela e depois dela, dela? Pois é, há tantos "ela", que me perco... há tanto dela em mim, que de longe mesmo sinto seu penar, que sinto em mim a dor, que sinto aki, nessa marca que ficou, sinto... mas não é minha a dor, não é minha a saudade, há apenas o que ficou, porque depois dela passei a ser um só.
O cigarro na mão ao invez da palheta do meu violão, as cartas na mesa e o desejo, a paixão bêbada e sórdida, sedenta de sacanagem, sedenta de alegrias, inflamada pelo meu isqueiro numa garrafa de cachaça, que queima quando desce, que queima quando repousa, que queima...
As minhas noites regadas à música boa: samba, rock e MPB. Minhas noites regadas por insanidades, quase atrocidades ao organismo, e um bom papo. Ah os papos! Sim, as idéias jogadas fora pra dentro das outras pessoas, as idéias compreendidas e as incompreendidas procurando solução, toda uma igualdade desigual, de sexo, de cor, gênero, número e grau... de áreas. Fome de entender o que se passa na sua cabeça, sede de mostrar o que se passa na minha. A troca, de idéias, de risos, de tapas e de fluidos.
As experiências vividas com ela e depois dela, dela? Pois é, há tantos "ela", que me perco... há tanto dela em mim, que de longe mesmo sinto seu penar, que sinto em mim a dor, que sinto aki, nessa marca que ficou, sinto... mas não é minha a dor, não é minha a saudade, há apenas o que ficou, porque depois dela passei a ser um só.
Dois pontos, na outra linha... parágrafo e travessão
Pensando hoje no que não tem mais fim
percebi que o fim quem faz sou eu
dou fim ao ponto, e construo a vírgula
pra entender o rumo dessa história,
invento o ponto de interrogação
pra questionar minha tragetória?
coloco um ponto de exclamação
um não! dois! e reticências
pois não tem mais fim o agora...
percebi que o fim quem faz sou eu
dou fim ao ponto, e construo a vírgula
pra entender o rumo dessa história,
invento o ponto de interrogação
pra questionar minha tragetória?
coloco um ponto de exclamação
um não! dois! e reticências
pois não tem mais fim o agora...
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