"Hay hombres que luchan un dia y son buenos.
Hay otros que luchan un año y son mejores.
Hay quienes luchan muchos años y son muy buenos.
Pero hay los que luchan toda la vida: esos son los imprescindibles."

Bertold Brecht

sexta-feira, 10 de junho de 2011

De volta à terra do nunca

..."e pela minha lei a gente era obrigado a ser feliz"...(CB)

Fingindo ser feliz sigo, nessa rotina massante que me afasta da minha arte, do meu violão e dos meus escritos. Minha mente trabalha incessantemente, mas não há tempo pro papel... acordei outro dia com os gritos do meu teclado americano, dizendo coisas que não entendia bem, mas era nítida a falta que ele sentia dos meus dedos.

Meus sentimentos mais embaralhados do que nunca, minhas voltas pela cidade e pelas festas cada vez mais escassas, e a faculdade, ah ela sim me fode!! Desculpem minhas palavras, mas me tira da vida e me coloca num esquema entediante de trabalhos e compromissos, me põe às voltas e me coloca no centro denovo.

Enquanto chico toca, coloquei uma bohemia pra gelar, acendi o meu cigarro e me sentei... minha cadeira já macia sentindo a minha falta, nem senti o frio que entrava pela janela, mas as idéias que me eram frequentes desapareceram, e a pressão, essa com a qual tão habituado estou me bate forte mais uma vez.

Saudades dos ouvidos... espero ser ouvido mais uma vez!

(CB) Chico Buarque

terça-feira, 24 de maio de 2011

Palavras atrasadas!

Hoje ouvi Oswaldo*...

Esperei que Oswaldo me dissesse algo de bom, que trouxesse um sentimento qualquer... mas quando esperei de Oswaldo, quem me disse foi Arnaldo**: "Qualquer coisa que se sinta, tem tanto sentimento deve ter algum que sirva".

Essa noite sonhei, e minha cabeça juntou tudo e fez bagunça, meu violão tocava, seu sorriso brilhava... e vc não falava, estava envergonhada...



*Oswaldo Montenegro
**Arnaldo Antunes

Pulgas

Existem alguns momentos em nossa vida que só o violão resolve...

enquanto me mato com minhas pulgas
meu coração sacode o peito
tira de órbita meus pensamentos
me coloca do avesso e volta

enquanto mato minhas pulgas
o sangue escorre de minhas veias
sai e volta de novo

enquanto minhas pulgas me matam
mato-me a mim mesmo
"torturo, dôo, ecôo"
minha voz sai e volta

enquanto minhas pulgas matam-se
minha faca finca, fica, furnica
entra em minha pele e sai

enquanto me mato em pulgas
minha mente não sai de ti
vai e não volta...

tem horas que nem meu violão resolve...

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Barbáries da mídia contra a educação brasileira, pessoas desinformadas informando a população.

Bom galera, hoje acordei mais chato, mais intrigado com as coisas, na verdade fui dormir com essa pulga e acordei com ela coçando.

A Globo mais uma vez apronta das suas, tanto no link quanto no vídeo abaixo vocês podem conferir as babaridades que irei colocar aqui.

 

A notícia até certo momento praticamente imparcial, se trata da aprovação pelo MEC de um livro de Língua Portuguesa que poderá ser utilizado pelos estudantes da educação básica, onde a autora "relativisa o uso da norma culta do idioma". Bom, não sou especialista em Lingua Portuguesa, e estou muito longe disso, como muitos sabem sou da área da Matemática, não peguei o livro nas mãos (mas gostaria) pra saber como ela aborda exatamente o tema, mas me parece bárbaro que a globo se utilize da "ignorância do povo" pra colocar como comentarista da notícia uma doutora em psicologia da educação, Maria Alice Setubal. Aki está o Lattes dela. Tudo bem que ela foi avaliadora de livros didáticos do MEC no governo FHC, mas isso torna ainda mais claro porque ela critica essa atitude do MEC.

Pra quem tiver mais saco pra ler e quiser ouvir a opinião de um especialista, aqui trago mais um link pra vocês lerem. O autor do texto Marcos Bagno, chama atenção à maneira como fala o jornalista, que pode ser conferida no link que coloquei, defendendo a norma culta e falando fora dela... enfim, barbáries da nossa tão maravilhosa mídia brasileira!






Sem extremismos, mas comentem e dêm suas opiniões...

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Juvenilidades

ah, essa tão falada e desfalada juventude
essa desfolada, arranhada, areganhada
grita em mim pelos cabelos, pelas vestes surradas
pela barba rala e pela goela...

o senso, o contrasenso e a liberdade
a falta de senso, a contraversão da realidade
as ilusões e a idiotice
a fome e o sono e o alento ao relento...

essa alma que não quieta
que não para, não cala e grita em mim
uma vontade de viver o novo
mas sem largar mão do que passou

essa juventude de escolhas difíceis
de momentos surtosos
de exageros e de algumas alegrias fabricadas

essa juventude que me corre às veias
me coloca na rotina de não ter rotina
me faz pensar e calar
gritar em silêncio, no silêncio do meu quarto

poemas que não têm fim
história imcompleta de uma vida sem começo
não sei de onde vim, não sei pra onde vou
mas vou tentando...