Hoje ouvi Oswaldo*...
Esperei que Oswaldo me dissesse algo de bom, que trouxesse um sentimento qualquer... mas quando esperei de Oswaldo, quem me disse foi Arnaldo**: "Qualquer coisa que se sinta, tem tanto sentimento deve ter algum que sirva".
Essa noite sonhei, e minha cabeça juntou tudo e fez bagunça, meu violão tocava, seu sorriso brilhava... e vc não falava, estava envergonhada...
*Oswaldo Montenegro
**Arnaldo Antunes
"Hay hombres que luchan un dia y son buenos.
Hay otros que luchan un año y son mejores.
Hay quienes luchan muchos años y son muy buenos.
Pero hay los que luchan toda la vida: esos son los imprescindibles."
Bertold Brecht
terça-feira, 24 de maio de 2011
Pulgas
Existem alguns momentos em nossa vida que só o violão resolve...
enquanto me mato com minhas pulgas
meu coração sacode o peito
tira de órbita meus pensamentos
me coloca do avesso e volta
enquanto mato minhas pulgas
o sangue escorre de minhas veias
sai e volta de novo
enquanto minhas pulgas me matam
mato-me a mim mesmo
"torturo, dôo, ecôo"
minha voz sai e volta
enquanto minhas pulgas matam-se
minha faca finca, fica, furnica
entra em minha pele e sai
enquanto me mato em pulgas
minha mente não sai de ti
vai e não volta...
tem horas que nem meu violão resolve...
enquanto me mato com minhas pulgas
meu coração sacode o peito
tira de órbita meus pensamentos
me coloca do avesso e volta
enquanto mato minhas pulgas
o sangue escorre de minhas veias
sai e volta de novo
enquanto minhas pulgas me matam
mato-me a mim mesmo
"torturo, dôo, ecôo"
minha voz sai e volta
enquanto minhas pulgas matam-se
minha faca finca, fica, furnica
entra em minha pele e sai
enquanto me mato em pulgas
minha mente não sai de ti
vai e não volta...
tem horas que nem meu violão resolve...
quarta-feira, 18 de maio de 2011
Barbáries da mídia contra a educação brasileira, pessoas desinformadas informando a população.
Bom galera, hoje acordei mais chato, mais intrigado com as coisas, na verdade fui dormir com essa pulga e acordei com ela coçando.
A Globo mais uma vez apronta das suas, tanto no link quanto no vídeo abaixo vocês podem conferir as babaridades que irei colocar aqui.
A notícia até certo momento praticamente imparcial, se trata da aprovação pelo MEC de um livro de Língua Portuguesa que poderá ser utilizado pelos estudantes da educação básica, onde a autora "relativisa o uso da norma culta do idioma". Bom, não sou especialista em Lingua Portuguesa, e estou muito longe disso, como muitos sabem sou da área da Matemática, não peguei o livro nas mãos (mas gostaria) pra saber como ela aborda exatamente o tema, mas me parece bárbaro que a globo se utilize da "ignorância do povo" pra colocar como comentarista da notícia uma doutora em psicologia da educação, Maria Alice Setubal. Aki está o Lattes dela. Tudo bem que ela foi avaliadora de livros didáticos do MEC no governo FHC, mas isso torna ainda mais claro porque ela critica essa atitude do MEC.
Pra quem tiver mais saco pra ler e quiser ouvir a opinião de um especialista, aqui trago mais um link pra vocês lerem. O autor do texto Marcos Bagno, chama atenção à maneira como fala o jornalista, que pode ser conferida no link que coloquei, defendendo a norma culta e falando fora dela... enfim, barbáries da nossa tão maravilhosa mídia brasileira!
Sem extremismos, mas comentem e dêm suas opiniões...
A Globo mais uma vez apronta das suas, tanto no link quanto no vídeo abaixo vocês podem conferir as babaridades que irei colocar aqui.
Pra quem tiver mais saco pra ler e quiser ouvir a opinião de um especialista, aqui trago mais um link pra vocês lerem. O autor do texto Marcos Bagno, chama atenção à maneira como fala o jornalista, que pode ser conferida no link que coloquei, defendendo a norma culta e falando fora dela... enfim, barbáries da nossa tão maravilhosa mídia brasileira!
Sem extremismos, mas comentem e dêm suas opiniões...
segunda-feira, 16 de maio de 2011
Juvenilidades
ah, essa tão falada e desfalada juventude
essa desfolada, arranhada, areganhada
grita em mim pelos cabelos, pelas vestes surradas
pela barba rala e pela goela...
o senso, o contrasenso e a liberdade
a falta de senso, a contraversão da realidade
as ilusões e a idiotice
a fome e o sono e o alento ao relento...
essa alma que não quieta
que não para, não cala e grita em mim
uma vontade de viver o novo
mas sem largar mão do que passou
essa juventude de escolhas difíceis
de momentos surtosos
de exageros e de algumas alegrias fabricadas
essa juventude que me corre às veias
me coloca na rotina de não ter rotina
me faz pensar e calar
gritar em silêncio, no silêncio do meu quarto
poemas que não têm fim
história imcompleta de uma vida sem começo
não sei de onde vim, não sei pra onde vou
mas vou tentando...
essa desfolada, arranhada, areganhada
grita em mim pelos cabelos, pelas vestes surradas
pela barba rala e pela goela...
o senso, o contrasenso e a liberdade
a falta de senso, a contraversão da realidade
as ilusões e a idiotice
a fome e o sono e o alento ao relento...
essa alma que não quieta
que não para, não cala e grita em mim
uma vontade de viver o novo
mas sem largar mão do que passou
essa juventude de escolhas difíceis
de momentos surtosos
de exageros e de algumas alegrias fabricadas
essa juventude que me corre às veias
me coloca na rotina de não ter rotina
me faz pensar e calar
gritar em silêncio, no silêncio do meu quarto
poemas que não têm fim
história imcompleta de uma vida sem começo
não sei de onde vim, não sei pra onde vou
mas vou tentando...
Devaneios, ou algo assim...
Existe um céu sobre meus pés
existe um mar longe daqui
existe um fio de cabelo, dois, três...
há um peito no meu peito
um arrombo infernal
voa terra, nada o ar
queima água e pisa o fogo.
Se meu peito fosse seu
seria o seu abrigo meu
se seu beijo fosse meu
devolveria...
pra que você pudesse me beijar denovo.
existe um mar longe daqui
existe um fio de cabelo, dois, três...
há um peito no meu peito
um arrombo infernal
voa terra, nada o ar
queima água e pisa o fogo.
Se meu peito fosse seu
seria o seu abrigo meu
se seu beijo fosse meu
devolveria...
pra que você pudesse me beijar denovo.
Voltas
Uma noite dessas ainda surto.
Como sempre as noite são longas, a lua cheia e a mente vazia. Lembro-me de paixões, de sonhos e romances que nunca vão acontecer. Lembro-me bem do seu sorriso e do seu beijo, lembro-me dos traços do rosto, da pele macia e seu cabelo solto, ao vento, como se a liberdade residisse ali... oras, a liberdade não está presa em lugar algum. Mas está ali também!
Me perco no coração das meninas, um dia ouvi isso de um grande poeta, mas não era bem assim... me perco em sentimentos quando te conheço, todos os dias me perco, em minhas alucinações, em meus sonhos, em meus sentimentos.
Isso que dá ser humano (merda!!)
Gostaria que em meu peito tivesse uma só pessoa, gostaria de pensar só em você, mas não posso. Me perco no coração de outras meninas. Gostaria que seu pensamento fosse só meu, mas não posso... somos livres para amar, somos seres plurais e não há lugar para um só!
Minha mente navega por mares distantes, regado ao rum pirata, ao conhaque barato, e a cerveja... ah, a cerveja, tão amiga e companheira.
Penso em tudo, e tudo volta a você. Parece que minha mente se tornou redonda, e aqueles quadradinhos todos foram derrubados, quebrados um a um, pra que eu pudesse circular por pensamentos, mas circular implica em não sair do lugar. Estou parado e dando voltas...
Como sempre as noite são longas, a lua cheia e a mente vazia. Lembro-me de paixões, de sonhos e romances que nunca vão acontecer. Lembro-me bem do seu sorriso e do seu beijo, lembro-me dos traços do rosto, da pele macia e seu cabelo solto, ao vento, como se a liberdade residisse ali... oras, a liberdade não está presa em lugar algum. Mas está ali também!
Me perco no coração das meninas, um dia ouvi isso de um grande poeta, mas não era bem assim... me perco em sentimentos quando te conheço, todos os dias me perco, em minhas alucinações, em meus sonhos, em meus sentimentos.
Isso que dá ser humano (merda!!)
Gostaria que em meu peito tivesse uma só pessoa, gostaria de pensar só em você, mas não posso. Me perco no coração de outras meninas. Gostaria que seu pensamento fosse só meu, mas não posso... somos livres para amar, somos seres plurais e não há lugar para um só!
Minha mente navega por mares distantes, regado ao rum pirata, ao conhaque barato, e a cerveja... ah, a cerveja, tão amiga e companheira.
Penso em tudo, e tudo volta a você. Parece que minha mente se tornou redonda, e aqueles quadradinhos todos foram derrubados, quebrados um a um, pra que eu pudesse circular por pensamentos, mas circular implica em não sair do lugar. Estou parado e dando voltas...
domingo, 8 de maio de 2011
Êxta-se
Algumas coisas me levam ao êxtase... sábado à noite, recebi várias ligações, muitas possibilidades de diversão e estou em casa. Tudo bem que minha cerveja e meu cigarro estão do meu lado, tudo bem que estou ouvindo uma música que me agrada, tudo bem que meus amigos estão por aqui, e está tudo muito divertido... affe, meus amigos não estão por aqui, e minha diversão é escrever no blog.
Estou pensando em todas as meninas da minha lista telefônica, mas não tenho créditos, estava pensando em ir pra algum boteco ruim, solitário, mas to sem grana... é, realmente é difícil ter amigos enquanto se está sem grana...
Me bate então aquela esperança insólida de que alguém derrepente me toque a campainha, e quando eu for atender seja aquela vizinha gostosa por quem sempre tive desejos.. quem não tem uma vizinha gostosa? Pois é, me pego estúpido, pois não tenho vizinha gostosa, nenhuma que possa bater a minha porta querendo ter uma noite quente, nenhuma que me faça subir pelas paredes.. nem mesmo uma coroa viúva, dessas que conserva uma teia de aranha há mais de um ano, e que me dê um chá! uma canseira daquelas que me mostraria que estive trepando com as meninas erradas...
Paulinho Moska me perguntando "meu amor, o que você faria se só te restasse esse dia?"... e eu respondendo, "eu iria morrer aqui sozinho com meu copo de cerveja, escrevendo palavras que ninguém vai ler"...
Sentado cá em minha cadeira de couro, modesta e rasgando-se em trapos, observando minha estante de livros velhos e novos, que de tão pouco lidos misturam no ar o cheiro de novo com o pó que se acumula sobre eles... penso, quão grande a diferença de uma noite pra outra... ontem em dança e com amigos por toda parte, me acabando em cerveja e vendo o mundo girar no céu estrelado, hoje aqui, vendo o teto do apartamento que de branco já não tem nada, e as marcas do passado nas paredes, um resto de mim que ainda se preserva nas fotografias e cartazes, um pouco de mim que se resume em giz de escola em circunferências descricas com compasso em torno do prego que não pindura nada....
A solidão é assim, me apego em coisas que não existem, me apego a coisas que sempre aqui estão e nunca noto, a solidão me faz lembrar dos dias calorosos debaixo de lençóis outros que não os meus... me faz desejar presenças que na real.. nunca tive... e vivem em minha mente.
Estou pensando em todas as meninas da minha lista telefônica, mas não tenho créditos, estava pensando em ir pra algum boteco ruim, solitário, mas to sem grana... é, realmente é difícil ter amigos enquanto se está sem grana...
Me bate então aquela esperança insólida de que alguém derrepente me toque a campainha, e quando eu for atender seja aquela vizinha gostosa por quem sempre tive desejos.. quem não tem uma vizinha gostosa? Pois é, me pego estúpido, pois não tenho vizinha gostosa, nenhuma que possa bater a minha porta querendo ter uma noite quente, nenhuma que me faça subir pelas paredes.. nem mesmo uma coroa viúva, dessas que conserva uma teia de aranha há mais de um ano, e que me dê um chá! uma canseira daquelas que me mostraria que estive trepando com as meninas erradas...
Paulinho Moska me perguntando "meu amor, o que você faria se só te restasse esse dia?"... e eu respondendo, "eu iria morrer aqui sozinho com meu copo de cerveja, escrevendo palavras que ninguém vai ler"...
Sentado cá em minha cadeira de couro, modesta e rasgando-se em trapos, observando minha estante de livros velhos e novos, que de tão pouco lidos misturam no ar o cheiro de novo com o pó que se acumula sobre eles... penso, quão grande a diferença de uma noite pra outra... ontem em dança e com amigos por toda parte, me acabando em cerveja e vendo o mundo girar no céu estrelado, hoje aqui, vendo o teto do apartamento que de branco já não tem nada, e as marcas do passado nas paredes, um resto de mim que ainda se preserva nas fotografias e cartazes, um pouco de mim que se resume em giz de escola em circunferências descricas com compasso em torno do prego que não pindura nada....
A solidão é assim, me apego em coisas que não existem, me apego a coisas que sempre aqui estão e nunca noto, a solidão me faz lembrar dos dias calorosos debaixo de lençóis outros que não os meus... me faz desejar presenças que na real.. nunca tive... e vivem em minha mente.
quinta-feira, 5 de maio de 2011
Uma seta fora do alvo*
"havia uma flor no meio do caminho, no meio do caminho havia uma flor"
Desde muito cedo milimetrizo meu caminho, coloco tudo em quadradinhos... nesse meu caminho vi muitas coisas, campos grandes e pequenos, mata verde, árvores secas e outras nem tanto, frutas, retratos, cores... silêncios e muitos barulhos!
Um dia desses saí pra andar, mas sabe quando você sai andando sem motivo? Um caminhar sem rumo, sem sentido... uma calmaria de dar solidão*.
Havia uma flor no meio do caminho, e assim como aquela rosa do pequeno príncipe, essa flor se tornou preciosa para mim. Uma flor amarela, como um girassol... mas que comigo falava, e me falava "coisas sobre o céu a terra a água e o ar"(LU), de como a vida e os amores podem ser livres, como além de si existe mais, e por mais que eu soubesse, e quisesse tudo isso, quisesse essa flor, a flor também era livre... e eu? eu era livre também, só faltava aceitar isso...
A flor passou pelo meu caminho, me marcou. com uma cicatriz que não dói, não arde, me marcou! não com espinhos, mas com suas pétalas amarelas, me marcou! com suas palavras e seu jeito de ser. A flor passou pelo meu caminho, e se vai, uma flor que não fica na beira da estrada esperando os transeuntes, uma flor que não espera a vida pra viver, uma flor que vive, e que como todas as flores também é capaz de murchar, também seca... mas que cedo ou tarde volta espalhar suas cores luminosas por aí.
Havia uma flor no meio do caminho... há um caminho no meio da flor.
*Parafraseando Paulinho Mosca
(LU) Legião Urbana
Desde muito cedo milimetrizo meu caminho, coloco tudo em quadradinhos... nesse meu caminho vi muitas coisas, campos grandes e pequenos, mata verde, árvores secas e outras nem tanto, frutas, retratos, cores... silêncios e muitos barulhos!
Um dia desses saí pra andar, mas sabe quando você sai andando sem motivo? Um caminhar sem rumo, sem sentido... uma calmaria de dar solidão*.
Havia uma flor no meio do caminho, e assim como aquela rosa do pequeno príncipe, essa flor se tornou preciosa para mim. Uma flor amarela, como um girassol... mas que comigo falava, e me falava "coisas sobre o céu a terra a água e o ar"(LU), de como a vida e os amores podem ser livres, como além de si existe mais, e por mais que eu soubesse, e quisesse tudo isso, quisesse essa flor, a flor também era livre... e eu? eu era livre também, só faltava aceitar isso...
A flor passou pelo meu caminho, me marcou. com uma cicatriz que não dói, não arde, me marcou! não com espinhos, mas com suas pétalas amarelas, me marcou! com suas palavras e seu jeito de ser. A flor passou pelo meu caminho, e se vai, uma flor que não fica na beira da estrada esperando os transeuntes, uma flor que não espera a vida pra viver, uma flor que vive, e que como todas as flores também é capaz de murchar, também seca... mas que cedo ou tarde volta espalhar suas cores luminosas por aí.
Havia uma flor no meio do caminho... há um caminho no meio da flor.
*Parafraseando Paulinho Mosca
(LU) Legião Urbana
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